quinta-feira, 28 de julho de 2011

Só Cristo pode fundar uma Igreja

0 comentários
É ilógico dizer que todas as religiões são equivalentes entre si

Temos de respeitar a crença de cada pessoa; a liberdade religiosa é algo fundamental, mas não é verdade que todas as religiões e Igrejas são igualmente válidas. As muitas religiões ou seitas foram fundadas por simples mortais, e não por Deus, por isso não se pode dizer que todas as religiões são boas, e que basta ser religioso e seguir qualquer uma delas. Se isso fosse verdade, Jesus não precisaria ter vindo a este mundo, fundar a Sua Igreja e morrer numa cruz. Bastava deixar os homens continuar no paganismo ou se salvarem nas outras religiões. Assim não seria necessário todo o esforço de evangelização em todo o mundo, com milhares de mártires, missionários, etc..

É ilógico dizer que todas as religiões são equivalentes entre si, pois elas propõem Credos diferentes, que se excluem mutuamente. Algumas religiões professam o politeísmo (muitos deuses), outras o panteísmo (tudo é Deus), ou o monoteísmo (há um só Deus). Veja, na questão mais essencial da religião, isto é, a concepção de Deus, já há uma enorme diversidade, que se excluem mutuamente; como, então, querer que todas as religiões sejam equivalentes e igualmente boas? É ilógico e irracional. Então há que se descobrir a Verdade. Se a verdade plena está numa doutrina, esta é a verdadeira e as outras são falsas.

Ora a verdade é uma só, logo, objetivamente falan­do, há Credos verídicos e credos errôneos. Cada reli­gião tem a sua doutrina, seu culto e sua moral própria; e é aqui que estão as divergências: uns creem na reencarnação, outros não a acei­tam; alguns aceitam o divórcio, o aborto, o homossexualismo, a guerra santa, a poligamia... e há quem não os admita.

Com quem está Verdade? A verdade não pode estar com todos. Logo, não podem ser boas todas as religiões.

O Concílio Vaticano afirmou:
“Professa o Sacro Sínodo que o próprio Deus manifestou ao gêne­ro humano o caminho pelo qual os homens, servindo a Ele, pudessem salvar-se e tornar-se felizes em Cristo. Cremos que essa única verdadei­ra Religião subsiste na Igreja católica e apostólica, a quem o Senhor Jesus confiou a tarefa de difundi-la aos homens todos, quando disse aos Apóstolos: “Ide pois e ensinai os povos todos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-lhes a guardar tudo quanto vos mandei” (Mt 28, 19-20). Por sua vez, estão os homens todos obriga­dos a procurar a verdade, sobretudo aquela que diz respeito a Deus e a Sua Igreja e, depois de conhecê-la, a abraçá-la e praticá-la”. (Declaração Dignitatis Humanae, n.1).

“Esta é a única Igreja de Cristo, que no Símbolo professamos una, santa, católica e apostólica (12), e que o nosso Salvador, depois da sua Ressurreição, confiou a Pedro para que ele a apascentasse (cf. Jo 21, 17), encarregando-o, assim como aos demais Apóstolos, de a difundirem e de a governarem (cf. Mt 28, 18s), levantando-a para sempre como “coluna e esteio da verdade” (1 Tm 3, 15). Esta Igreja, como sociedade constituída e organizada neste mundo, subsiste na Igreja Católica, governada pelo sucessor de Pedro e pelos Bispos em comunhão com ele, ainda que fora do seu corpo se encontrem realmente vários elementos de santificação e de verdade, elementos que, na sua qualidade de dons próprios da Igreja de Cristo, conduzem para a unidade católica”. (Lumen Gentium, nº 8).

Fonte: Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com

quarta-feira, 27 de julho de 2011

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Os Apóstolos dos Últimos Tempos

0 comentários
    Enfim, Deus quer que sua Mãe seja mais conhecida, mais amada e mais honrada do que nunca. Isso acontecerá, se os predestinados entrarem, com a graça e a luz do Espírito Santo, na prática interior e perfeita que seguidamente lhes descobrirei. Verão então, com tanta claridade quanto a fé lhes permite, a formosa estrela do mar, e, se obedecerem às suas diretivas, chegarão a bom porto apesar das tempestades e dos piratas. Conhecerão as grandezas desta soberana e devotar-se-ão inteiramente ao seu serviço, como Seus súditos e Seus escravos de amor. Experimentarão as suas doçuras e bondades maternais, e amar-lhe-ão ternamente, como Seus filhos muito queridos. Conheceram as misericórdias de que Ela é cheia, e sentirão a necessidade que têm do seu socorro. Recorrerão sempre a Ela, em todas as coisas, como sua querida advogada e medianeira junto de Jesus Cristo. Compreenderão que Ela é o meio mais fácil, mais curto, mais perfeito para irem a Jesus, e a Ela se entregarão de corpo e alma, sem reservas, para do mesmo modo pertencerem a Jesus Cristo.

Mas quem serão esses servos, escravos e filhos de Maria?

    Serão "ministros do Senhor" (Hr 1,7; Sl 103,4) que, qual fogo crepitante, levarão a toda parte as chamas do Amor Divino.
    Serão "setas na mão do Poderoso" (Sl 126,4), flechas agudas nas mãos poderosas de Maria pra trepassarem os seus inimigos.
    Serão "filhos de Levi" (Ml 3,3), bem purificados no fogo das grandes tribulações, bem paegados a Deus, que traram o Ouro do Amor em seus corações, o incenso da oração no espírito, e a mirra da mortificação no corpo.
    Serão por toda parte o "bom odor de Jesus Cristo": odor de vida para os pobres, os pequenos e os humildes; odor de morte para os grandes, os ricos e orgulhosos mundanos (2Cor 2, 15-16).
    Serão "nuvens tonituantes" (Mc 3,17: sl 103,7), que voarão pelos ares ao menor sopro do Espírito. E, sem se apegarem a coisa alguma, nem se admirarem ou inquietarem, espalharão a chuva da Palavra de Deus e da Vida Eterna. Brandarão contra o pecado, clamaram contra o mundo, fulminarão o demônio e seus adeptos. Atravessarão de lado a lado, para a vida ou para a morte, com a espada de dois gumes da Palavra de Deus (Ef 6,17; Hb 4,12), todos aqueles a quem forem enviados da parte do Altíssimo.
    Serão verdadeiros "apóstolos dos últimos tempos", a quem o Senhor das virtudes dará a palavra e a força para operar maravilhas e arrebatar gloriosos despojos ao inimigo. Dominarão sem ouro nem prata e, o que é mais, sem cuidados, no meio dos outros sacerdotes aclesiásticos e clerigos (Sl 67,14). Terão, no entanto, as asas prateadas da pomba, para irem, com a reta intenção da glória de Deus e da salvação das almas, a onde o Espírito Santo os chamar. Deixarão após si, nos lugares onde tiverem pregado, o ouro da caridade, que é o cumprimento de toda a Lei (Rm 13,10).

     Sabemos, enfim, que serão os verdadeiros disípulos de Jesus Cristo, que seguirão as pegadas da sua pobreza, humildade, desprezo do mundo e caridade. Ensinarão o estreito caminho de Deus na pura verdade, segundo o Santo Evangelho e não segundo as maxímas do mundo, sem poupar, escutar ou temer nenhum mortal, por poderoso que seja.

     Terão nos lábios a espada de dois gumes, que é a Palvra de Deus; trarão aos ombros o estandarte sangrento da Cruz, o crucifixo na mão direita, o Rosário na esquerda, os sagrados nomes de Jesus e Maria no coração, e a modéstia e mortificação de Jesus Cristo em toda a sua conduta.
Eis grandes homens que hão de vir, mas que Maria suscitará por ordem do Altíssimo, para estender o seu Império sobre o dos ímpios, idólatras e maometanos. Quando e como acontecerá isto?...Só Deus o sabe. Quanto a nós, apenas nos compete calar, rezar, suspirar e esperar: "Esperei ansiosamente o Senhor" (Sl 39,2).



Trecho do Livro, "Tratado da Verdadeira Devoção à Virgem Maria, pag. 49-52






sexta-feira, 8 de julho de 2011

Herói ou otário?

0 comentários
Há alguns meses, surpreendi-me com uma afirmação da médica e escritora Ana Beatriz Barbosa Silva: O herói de ontem tornou-se o otário de hoje. Algo fez um “clic” dentro de mim, certa de que ela havia expressado algo que muitos percebem e poucos conseguem descrever. Onde estão os heróis? Onde os homens e mulheres cheios de virtudes e coragem? Onde os que dão a própria vida para salvar outros? Bem, aqui e ali se vê algum, exaltado pelo telejornal em um “ato humanitário”, mas a maioria mesmo, aqueles que vivem o dia a dia longe das câmeras, esses são conhecidos como otários.

Se alguém ouve um grito de “socorro”, logo se encolhe, ou se joga no chão com medo de bala perdida. Um ou outro mais corajoso, esconde-se atrás da porta e liga para a polícia do celular. Socorrer, porém, quase ninguém socorre.

Presencia assalto na rua? Ah! Agora, sim, se faz algo como antigamente: correr o mais rápido possível. Só que, antigamente, se corria para ajudar a vítima, agora, corre-se para o lado oposto. Ou alguém vai ser otário de se meter entre o ladrão e a vítima? Nem pensar! Gritar “pega ladrão”? Só se for muito otário! Agarrar o braço do cara que está com a mão dentro da bolsa da senhora que se equilibra no ônibus? Otário!

E socorrer alguém que foi atropelado, assaltado, jogado no asfalto? Nem pensar! Pode ser um truque para pegar um otário que pare para socorrer. Dar carona? Pensa que sou otário? Mas, e se for uma carona para uma senhora idosa que está se arrastando em direção ao posto de saúde? Mas, que pergunta! Só um otário faria isso. Não vê que é truque para pegar alguma mente muito embotada? E se for um carro acidentado com alguém ensanguentado, fazendo sinal no acostamento da estrada? Truque, otário. É ketchup e assalto na certa.

Certo dia, um homem foi assaltado e deixado ferido no meio da estrada. Passaram por ele um sacerdote e um levita, apressados para chegar à oração, e não foram otários. Não pararam para socorrê-lo. Afinal, heroísmo tem hora. Quem mandou ser assaltado e ferido logo ali na passagem deles?

Depois dos dois “homens de Deus”, passou um antipatizado por todos. Era estrangeiro e nem conhecia o lugar direito. Não conseguiria, porém, deixar aquele ferido sem socorro. Colocou-o em seu transporte, cuidou das feridas e ainda arranjou quem cuidasse dele até sua volta da viagem interrompida. Havia perdido um tempo enorme com aquele bagaço de homem, mas não se considerou otário. Aliás, nem otário nem herói. Apenas fez o que gostariam que fizessem com ele.

Uma noite, após um acidente, vi-me na estrada, com dois irmãos ensanguentados junto a mim e, logo atrás, um boi que havia “voado” quando pego por nosso carro. Era muito óbvio que havíamos tido um acidente. Eu e o rapaz acenávamos para cada carro que passava, tentando conseguir ajuda para sua esposa, sangrando, encostada ao carro. Ninguém parou.

Não sei se você sabe o que isso significa, mas eu sei. Já fui o ferido a pedir socorro na estrada.

O segredo certamente é este: fazer aos outros o que gostaria que fosse feito a você, caso estivesse na mesma situação. Ser um irmão, não um desconhecido, uma máscara na multidão. O herói é irmão, tem nome, endereço, coração, solidariedade, compaixão. O otário é... bem, um otário, mesmo. Um egoísta, individualista, sem nome, sem endereço, sem coração, indiferente ao sofrimento do outro.

O otário está pronto para assistir, impávido, o outro morrer, desde que salve sua pele. Enche-se de uma covardia bem conhecida, que vem do egoísmo. O herói está disposto a arriscar a própria vida para ajudar o outro. Enche-se de uma coragem desconhecida, que vem do amor. Essa é a definição correta, evangélica, verdadeira do herói. Foi isso o que Jesus fez, por amor. Infelizmente, foi isso o que esquecemos, a tal ponto que cometemos o lamentável engano de classificar como otário quem, na mentalidade do Evangelho, é herói.,

por Emmir Nogueira, Co-Fundadora da Comunidade Shalom - 08/07/2011

NÃO PODEMOS CALAR A NOSSA VOZ

0 comentários
“Respondeu-lhes Jesus: Cuidai que ninguém vos seduza. Muitos virão em meu nome, dizendo: Sou eu o Cristo. E seduzirão a muitos. Ouvireis falar de guerras e de rumores de guerra. Atenção: que isso não vos perturbe, porque é preciso que isso aconteça. Mas ainda não será o fim. Levantar-se-á nação contra nação, reino contra reino, e haverá fome, peste e grandes desgraças em diversos lugares. Tudo isto será apenas o início das dores. Então sereis entregues aos tormentos, matar-vos-ão e sereis por minha causa objeto de ódio para todas as nações. Muitos sucumbirão, trair-se-ão mutuamente e mutuamente se odiarão. Levantar-se-ão muitos falsos profetas e seduzirão a muitos. E, ante o progresso crescente da iniqüidade, a caridade de muitos esfriará. Entretanto, aquele que perseverar até o fim será salvo. Este Evangelho do Reino será pregado pelo mundo inteiro para servir de testemunho a todas as nações, e então chegará o fim.” Mateus 24,4-14

Hoje em dia em algumas situações têm nos apresentado que a palavra de Deus é somente prosperidade, mas o Evangelho de Cristo não é isso. Jesus não nos diz para nos apegarmos as coisas materiais, mas, ao contrário, o que Ele (Jesus) disse ao jovem rico, foi para ele vender todas suas riquezas e segui-lo. Não é fácil nos desprender dos nossos bens, mas quando se trata de grupo de oração, missa, e outras coisas, nós largamos facilmente. Não podemos desanimar na luta, porque Deus é capaz de agir poderosamente na nossa vida. Deus quer que sejamos livres para a ação d’Ele, para que o milagre, a graça, a libertação aconteça. Precisamos dar o nosso 50% e então os outros 50% Deus fará.

Onde o inimigo tem mais investido atualmente é nas famílias, e uma das armas que o demônio tem usado, é a TV, novelas, programas e a internet. E através de todos estes meios o ato homossexual, a traição está sendo tudo normalizado, porque segundo o mundo de hoje pelo amor tudo vale, se o amor é sincero vale a pena.

Muitas vezes nos calamos diante de todas essas situações, por vergonha, mas esquecemos que devemos buscar a Deus de todo coração, e Ele virá nos capacitar para anunciar a verdade. Deus precisa ser pleno em nossa vida, precisa ser um Deus diário, não podemos deixar para rezar, conversar com Deus somente no grupo de oração ou na missa. Temos que falar com Cristo a todo o momento e falar de Cristo por onde passamos. Perseverar até o fim pode ser doloroso, mas precisamos querer.


Pregação: Elan Petri - 05/07/2011

segunda-feira, 4 de julho de 2011

A Santa Escravidão de Amor

0 comentários

A Santa Escravidão a Jesus por Maria é uma prática de devoção antiguíssima, remontando aos primeiros séculos da Igreja. Com o passar dos séculos, experimentou uma admirável evolução, no sentido que cada vez melhor se compreendeu o que esta prática significava no contexto da fé. Passando pela escola francesa do século XVII do cardeal de Bérulle, Boudon, Olier, Condrem, São João Eudes, etc.

Foi em São Luís Grignion de Montfort que a doutrina e a prática da Santa Escravidão encontrou sua expressão mais perfeita, sendo também, por meio deste grande apóstolo de Maria, que esta prática devocional tornou-se popular. A doutrina e espiritualidade da Santa Escravidão de Amor foram imortalizadas por São Luís Grignion, no célebre escrito: “O Tratado da Verdadeira Devoção a Santíssima Virgem”.
Tal livro demonstra com muita sabedoria, clareza e unção quem é a Santíssima Virgem, qual é o seu papel na vida da Igreja e de cada pessoa em particular, com efeito o livro mostra a missão materna que Deus confiou a Santíssima Virgem, as razões e a maneira como Deus sujeitou a ela todos os corações, bem como, o papel da Santíssima Virgem no estabelecimento do reinado de Cristo e sua união íntima com o segundo advento de seu filho.

O Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem foi escrito por São Luís Grignion de Montfort em 1712, e devido à grande força que esse escrito tem para levar as pessoas à verdadeira santidade foi fortemente combatido pelo inimigo infernal. O demônio quis verdadeiramente destruí-lo, mas Deus não permitiu, contudo, o inimigo escondeu este tratado durante cento e trinta anos. Tudo isso foi admiravelmente predito e escrito por São Luís, no próprio Tratado da Verdadeira Devoção onde narra:

“Vejo animais frementes que se precipitam furiosos para destruir com seus dentes diabólicos este pequeno manuscrito e aquele de quem o Espírito Santo se serviu para compô-lo, ou ao menos para fazê-lo ficar escondido no silêncio de um baú a fim de que não apareça”
(T.V.D. 112).



Assim, este livro escrito em 1712, desapareceu sendo reencontrado apenas em 1842 em um baú de livros velhos. Publicado em 1843 tornou-se leitura obrigatória de toda alma piedosa que buscasse a santidade. De fato, São Luís predisse o desaparecimento do livro, também, como o seu reaparecimento e o seu sucesso (c.f. T.V.D. 112), de modo que, depois que foi publicado o tratado, a Santa Escravidão tornou-se a via espiritual de muitos santos, que se fizeram escravos de Maria Santíssima, e na escola de seu Imaculado Coração aprenderam a amar a Deus e fazer sua santa vontade.

Santos como: São João Maria Vianney, São João Bosco, São Domingos Sávio, Santa Terezinha, Santa Gema Galgani, São Pio X, São Pio de Pietrelcina e tantos outros santos e santas do nosso tempo, viram, na total consagração a Santíssima Virgem não uma “devoção qualquer” ou “mais uma devoção” mas uma Devoção Perfeita, aquela devoção querida por Jesus ao fazer de cada um de nós filhos de sua Mãe Santíssima.

Um dos maiores apóstolos desta consagração foi nosso querido Papa João Paulo II, que se fez escravo por amor quando ainda era seminarista. E de tal forma esta total consagração ordenou sua vida e missão que adquiriu como seu lema pessoal o “Totus Tuus Mariae”. João Paulo II foi um testemunho vivo da eficácia desta consagração na vida de uma pessoa.

1- O que é a Santa Escravidão de amor?

A total consagração à Nossa Senhora, ou a santa escravidão de amor é a entrega de tudo que somos e possuímos à Santíssima Virgem para que através dela possamos mais perfeitamente pertencer a Deus.

A finalidade desta total entrega a Nossa Senhora é nos unir a Jesus Cristo e nos fazer crescer em sua graça. Nos entregamos totalmente a Nossa Senhora para que ela nos ensine a cumprir em nossa vida a Santíssima vontade de Deus. São Luís Maria de Montfort chama a Santa Escravidão de Amor de “A Verdadeira Devoção”, simplesmente porque ela nos mostra quem é Nossa Senhora, qual seu lugar no plano de salvação e sua missão na vida da Igreja e de cada um de nós.

A doutrina da Santa escravidão nos faz ver e compreender que Jesus nos deu Maria como verdadeira mãe, mestra e educadora, e ao mesmo tempo nos convida e nos faz lançar aos cuidados desta boníssima Senhora atendendo ao mandato de Jesus que olhando para nós nos diz: “Eis aí tua mãe”. Assim pela total consagração de nós mesmos à Santíssima Virgem estamos dizendo nosso sim a Jesus que no-la deu por mãe, a fim de que Ela nos ensine a fazer tudo que Ele mandou.

Do ponto de vista pastoral a necessidade e eficácia da total consagração a Nossa Senhora são sempre atuais, uma vez que esta consagração e devoção não são mais que a perfeita renovação das promessas do nosso santo batismo. De fato os concílios assim como muitos Papas falaram sobre a necessidade de se recordar os cristãos os votos de seu batismo e de seu estado de pertença a Deus, assim pela Total Consagração, nós agora por nós mesmos, renovamos nossas promessas batismais, recuperando a consciência de nosso estado de pertença a Deus. Tudo isso através de Maria, como quer Jesus, para que Ela nos ensine a sermos fiéis a nossa adesão a Cristo bem como da renúncia de todo mal.

2- O que acontece conosco, quando nos consagramos como Maria, Escravos por Amor?

Nós confirmamos a soberania de Deus e da Santíssima Virgem em nossas vidas, entregando TUDO que somos e temos a Jesus pelas mãos de Maria. Aqui, TUDO quer dizer TUDO. Nosso corpo com todos os nossos bens materiais e nossa alma com todas as nossas riquezas espirituais, nossos pensamentos, nossos desejos e quereres. Assim, mesmo os méritos de nossas orações, sacrifícios e boas obras passam a pertencer a Maria Santíssima para que Ela possa usá-los como lhe aprouver. Pela Santa Escravidão de Amor passamos a não possuir mais nada. Tudo passa ser de Maria, para que deste modo tudo possa ser de Deus.

Quando fazemos esta consagração e a vivemos obtemos um aumento admirável em nosso “Capital de Graças”, e por isso nos santificamos mais rapidamente e de maneira mais perfeita e segura. Com efeito, Maria Santíssima é um caminho fácil, curto, seguro e perfeito para nos unirmos a Jesus e crescermos em sua graça.

Santo Agostinho, diz que Maria é o molde de Cristo (forma DEI). Por sua vez, diz São Thomas de Aquino, que a nossa vida cristã consiste em refazer em nós a imagem e semelhança de Deus perdida pelo pecado, ou seja, devemos nos tornar semelhantes a Jesus em nossa maneira de ser, pensar e agir. Devemos imprimir em nossa alma a fisionomia de Nosso Senhor, para amar como

Jesus amou, pensar como Jesus pensou, viver como Jesus viveu…etc. Para isto nada mais oportuno do que esta consagração, uma vez que Maria Santíssima é o grande molde no qual foi formado Jesus. Assim, todo aquele que se lançar e desmanchar dentro deste molde sairá com as feições de Jesus. A consagração é a maneira pela qual nos lançamos neste molde perfeito e a vivência dessa devoção é a maneira pela qual nos desmanchamos no mesmo molde, ou seja quando nos entregarmos totalmente a Maria, Ela nos ensinará a ser, pensar e viver como Jesus.

3- Quem pode fazer esta total consagração, e como fazê-la?

Todos os que querem viver o seu batismo podem e devem fazer esta consagração, ou seja, todos os que querem ser santos, que acreditam em Jesus Cristo e em toda sua doutrina, tal qual, nos transmite a Santa Igreja. Quem faz restrições a doutrina de Jesus Cristo ensinada pela Santa Igreja, ou quem não pode (ou não quer) viver em comunhão eucarística não pode fazer esta consagração.

4 – Como fazer esta consagração?
Para se fazer esta consagração é necessário primeiro conhecê-la; lendo e estudando o Tratado da Verdadeira Devoção a Santíssima Virgem, escrito por São Luís de Montfort, e outros livros que falem sobre a Santa Escravidão, como “O Livro de Ouro ao Alcance de todos” ouvindo palestras e participando de encontros e retiros sobre o tema.

Assim, após se ter consciência do que é esta Consagração e de como deve vivê-la pode se marcar uma data e fazer os exercícios preparatórios que durarão um mês. Estes exercícios são meditações diárias que podem ser encontradas no livro “Consagração a Nossa Senhora” de Dom Antônio Maria Alves de Siqueira.

A seqüência de preparação é a seguinte:

I – Doze dias preliminares- Para desapego do espírito do mundo a aquisição do Espírito de Deus. Onde se medita nossa vocação à santidade, desprendendo-se de tudo que possa nos atrapalhar a sermos santos para irmos para o céu.

II – Primeira semana- Para o conhecimento de si mesmo. Trata-se de um período para fazermos um profundo exame de consciência a partir do que devemos nos aperfeiçoar, buscando em tudo sermos agradáveis a Deus.

III – Segunda semana- Para o conhecimento da Santíssima Virgem, de sua pessoa, sua missão, das graças das quais Ela é repleta, de suas sublimes virtudes, de seus privilégios, etc. De forma que conhecendo-a melhor, possamos amá-la mais e honrá-la como Ela merece ser honrada.

IV – Terceira semana- Para o conhecimento de Jesus Cristo nosso Fim Último, nosso Grande Deus e Senhor. Aqui devemos meditar no Mistério da vinda, da vida, paixão, morte e Glorificação de Jesus Cristo, o Filho de Deus. Devemos contemplar a encantadora vida de Jesus, sua pessoa e sua doutrina, para que assim possamos crer nele com profunda convicção, amá-lo com amor abrasado, de forma, a despertar em nós um grande desejo de fazê-lo conhecido, amado e adorado, por todos.

Durante esta preparação de um mês (ou 33 dias), faz-se uma confissão geral e no dia escolhido (de preferência uma festa Mariana) participasse do Santo Sacrifício da Missa e se recebe Jesus no Santíssimo Sacramento. Depois da Ação de Graças (e como Ação de Graças) se recita a fórmula da Consagração que deve estar previamente copiada (de preferência de próprio punho) e se assina. Quando o sacerdote tem conhecimento da consagração e apóia, pode-se pedir que ele assine a folha como diretor espiritual e abençoe as correntes (se forem ser utilizadas).

5- Como deve viver um consagrado e quais suas obrigações?

Prática interior – O essencial desta devoção consiste em fazer todas as coisas por Maria, com Maria, em Maria e para Maria, para mais perfeitamente fazê-las por Jesus, com Jesus, em Jesus e para Jesus. Viver num estado de abandono e confiança para com Nossa Senhora, confiando a ela todas as nossas necessidades, problemas, sofrimentos, alegrias, decisões, negócios… etc. Como uma criança pequenina, segurar nas mãos desta boa mãe e deixar-se conduzir por ela. Em tudo recorrer a Ela. Fazer tudo do jeito dela. Louvar a Deus e adorá-lo com o coração dela.

Práticas exteriores – Também devemos cantar as glórias de Maria, honrá-la com todo amor, anunciando sua dignidade e seus privilégios, ensinando a todos e em todo lugar o que é a verdadeira devoção a Ela.

Devemos contemplar os mistérios do Santo Rosário, participar de suas festas, inscrever-se em suas confrarias, fazer e renovar sempre a Consagração a Ela e levar as pessoas a fazerem o mesmo. Usar as pequenas cadeias de ferro ou correntes como sinal de nosso amor e de nossa consagração, etc. É preciso entretanto observar que estas práticas não são essenciais, mas são utilíssimas para exteriorizar nosso amor a Jesus e Maria e edificar nosso próximo.

6- A difusão e a prática generalizada da Santa Escravidão de Amor levará ao Triunfo da Santíssima Virgem, e ao reinado de Jesus.

Por fim, é importante lembrar que a Santa Escravidão de Amor, no pensamento e na doutrina de São Luís de Montfort, não é “mais uma devoção”, e muito menos “uma devoção qualquer”, é sim, o meio que a providência divina escolheu para estabelecer no mundo o triunfo de Maria e em conseqüência o reinado de Jesus. Se, portanto queremos que venha logo o prometido Triunfo do Coração de Maria e o Império de Jesus sobre toda humanidade, procuremos todos fazer, viver e propagar a Santa Escravidão de Amor.


Fonte: http://padrepauloricardo.org/
Autor: Pe. Rodrigo Maria

sexta-feira, 1 de julho de 2011

As Descobertas de São Paulo

0 comentários
Com a conversão de São Paulo houve muitos frutos na vida da Igreja


Em Atos dos Apóstolos, por meio da conversão de São Paulo houve muitos frutos importantes na vida da Igreja.
O apóstolo dos gentios, em sua época, via que estava surgindo uma nova "seita, o cristianismo" que ia contra a religião judaica da qual ele era embaixador. Porque, para os judeus, acreditavam que o ser humano era o salvador de si mesmo por meio de suas boas obras, mas esta "seita" por sua vez, afirmava que a salvação só era obtida por meio de Jesus Cristo, porque Ele é o Salvador. Por isso Paulo queria destruir os cristãos de qualquer forma, a uma certa altura dos acontecimento, ele obteve dos sumos sacerdotes uma carta de recomendação para aprisionar todos os cristãos que ele encontrasse pelo caminho.

E olha que interessante, antes de serem chamados de "cristãos" eles eram chamados de os "seguidores do caminho" e interessante é que os seguidores de Jesus são chamados a percorrer no mundo o novo caminho, o caminho do seguimento d'Ele.
Mas quando o apóstolo está se aproximando de Damasco, Jesus aparece para ele, não com um aspecto humano, mas como uma luz resplandecente.

Nesse caminho para Damasco São Paulo faz três descobertas importantes:

Primeira descoberta: Paulo descobriu a originalidade de Nosso Senhor Jesus Cristo. Ele descobriu que Jesus era diferente de todos os profetas e fundadores de religião, porque todas eles estavam mortos e encerrados no passado; ele descobriu que este Jesus está vivo e Ressuscitado em meio a nós.

Segunda descoberta: Paulo também descobriu a originalidade da Igreja, a Igreja é uma comunidade viva, uma comunidade de graça e salvação. Ela forma uma totalidade, mais tarde ela a chamará de "Corpo Místico de Cristo". Logo, perseguir a Igreja é perseguir o próprio Cristo.

E a terceira descoberta: A Igreja é universal e espiritual. A sua conversão não é obra humana, mas sim obra da graça de Deus. Nossa vocação é obra divina, é um chamado de Deus. O Senhor nos chamou para sermos apóstolos de Cristo. Paulo se encontrou com Jesus a caminho de Damasco e nós podemos encontrar o Senhor todos os dias na Eucaristia.

Jesus Cristo mesmo nos diz: "Minha carne é verdadeira comida e meu sangue verdade bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu Sangue permanece em mim e Eu nele. Quem come a minha carne e bebe o meu Sangue terá a vida eterna".
"O Corpo alimentado pela Eucaristia está destinado de um modo mais profundo à ressurreição" (São Justino).

Quando os judeus ouviram este realismo a respeito da Eucaristia eles voltaram atrás no seguimento de Jesus. E essa crise que foi gerada também no coração dos discípulos de Jesus, quando Ele afirmou: "A minha carne é verdadeira comida e o meu sangue verdadeira bebida" e muitos deles voltaram atrás, mas Cristo não voltou atrás e lhes perguntou: "E vocês não querem também voltar atrás?" E São Pedro afirmou: "A quem iremos, Senhor, só tu tens palavras de vida eterna!"

Pedro compreendeu que as palavras de Jesus não eram meramente humanas, mas eram cheias do Espírito Santo. A Eucaristia é, sobretudo, um sacramento por meio do qual Cristo permanece conosco. A Eucaristia é o Emanuel é o Deus conosco. Já afirmava o Beato João Paulo II, em sua encíclica: "A Igreja da Eucaristia": "A Eucaristia é o supremo bem da Igreja".

A Eucaristia é o sacramento pascal por excelência, ela nos sustenta para que possamos amar o outro até o extremo, como fez Jesus Cristo na cruz.


Dom Benedito Beni
Bispo da Diocese de Lorena -SP
Credits

Copyright 2012 Blogger Template. Template Para Blogspot By Oscar Tigre