terça-feira, 31 de janeiro de 2012

São João Bosco

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Formação: Comunidade Apóstolos


O caminho Espiritual de Dom Bosco proposto aos jovens



Dom Bosco foi um homem de decisão e atitude, um homem especialmente voltado para a ação, sobretudo no que dizia respeito á educação dos jovens mais pobres. Ele renovou na igreja a espiritualidade da ação.

O caminho espiritual de Dom Bosco pode ser resumido na seguinte frase: “dá-me almas, as vidas humanas; podes ficar com o restante”. É um lema aplicado a toda a família salesiana por aqueles que seguem a espiritualidade de Dom Bosco.

Sua espiritualidade é fortemente realista e aceita que o homem assuma plenamente a sua humanidade. Os problemas que ele costuma enfrentar, suas limitações, são objetivos saudáveis para o seu crescimento e levam o homem a ser mais compreensivo e humilde. Ao tomar para si esse tipo de atitude, sem ilusões, consciente de que é formado por corpo e espírito, o homem aprende a amar a própria corporeidade e a ser mais parecido com Deus, amoroso e compreensivo com os outros e consigo mesmo.

Essa é a lição de Dom Bosco para a humanidade. Além disso, é preciso ressaltar que a espiritualidade de Dom Bosco tem uma marca juvenil inconfundível ao mostrar-se alegre e espontânea. Ele tinha no jovem o seu foco de evangelização.

Uma espiritualidade como a de Dom Bosco, jovem e humana, é tudo o que o homem de hoje, mais especificamente os jovens, precisa para encontrar a si mesmo e a Deus.

A vida e a Espiritualidade de Dom Bosco

A bibliografia e a espiritualidade de Dom Bosco são simples, porém profundas e cheias de significado. Sua trajetória foi carregada de amor, simplicidade e bom senso. Dom Bosco foi um homem carismático, marcado por Deus, dotado de dons espirituais e fortes convicções de fé que sustentaram seu grande coração numa vida totalmente dedicada aos meninos pobres.

Nascido em 16 de agosto de 1815, em Castelnovo d’Asti, Piemonte, Itália, em uma família de pobres camponeses, desde criança sentiu-se chamado a consagrar a sua vida aos jovens. Aos dez anos de idade, já órfão, teve um sonho, no qual alguém pedia para que ele transformasse em cordeiros muitos garotos violentos que estavam em um campo. Sentiu nesse sonho o chamado de Deus para educar os meninos pobres da região onde morava. Na hora, não entendeu bem o sonho, mas sempre percebeu nele a vida e a missão que Deus lhe confiou. Nesse mesmo sonho, a pessoa que havia lhe dado a mensagem também prometeu dar-lhe a Mestra. Esta seria Maria, mãe de Jesus, com o nome de Maria Auxiliadora da Igreja.


Desejou tornar-se sacerdote, caminho que não foi fácil percorrer. Mas com o auxílio de muitas pessoas, conseguiu alcançar o ideal e formar-se padre. Já nos primeiros anos de vida sacerdotal via muitos garotos vagueando pelas ruas, e, tempos depois, encontrava-os na cadeia. Seu diretor espiritual levou-o para confessar nos hospitais e nas prisões de Turim. Foi nesses ambientes que ele encontrou em contato com a realidade daquela juventude abandonada. “Fiquei horrorizado e achei que deveria acolher esta gente, fazer alguma coisa por eles, tomar uma atitude”, disse Dom Bosco.

Diante dessa situação, prometeu a Deus dedicar toda sua vida na educação desses jovens, prevenindo possíveis problemas que pudessem torná-los vítimas das más influências do ambiente onde viviam e oferecendo a eles uma boa educação para que fossem bons cristãos e cidadãos.

Reuniu alguns jovens, ensinou-lhes catecismo e preparou os para a vida, proporcionando-lhes uma profissão. Percebeu que era o que Deus lhe pedia.

Dom Bosco, ao longo de sua vida, passou por muitas crises e teve que lutar muito para que seu ideal de educar os jovens no caminho de Deus fosse concretizado. 

Dom Bosco morreu em Turim em 31 de janeiro de 1888. Foi declarado santo por Pio XI na Pasço de 1934. No ano centenário de sua morte, o papa João Paulo II proclamou-o Dom Bosco, Pai e Mestre da Juventude.

O segredo do caminho espiritual de Dom Bosco é seu grande coração, sempre preocupado com os jovens, principalmente com os que estão em situação de risco.

Características da Espiritualidade de Dom Bosco

1) Uma espiritualidade para jovens deve ser necessariamente juvenil, alegre, descomplicada e direta, criativa, não repetitiva. Além de ser uma forma de piedade aos jovens e capaz de ajudá-los a rezar e trabalhar pelos outros.

2) Outra marca da ação salesiana é a da presença. Ser jovem com os jovens, criança com as crianças, adulto com os adultos é a regra de ouro da pedagogia salesiana. Dom Bosco sabia que só atinge o coração dos jovens quem convive com eles, quem é amigo. Essa convivência amiga produz milagres.

3) A espiritualidade salesiana tem um projeto inspirado na seguinte frase encontrada na Bíblia: “Dai-me as almas”. No livro do Gênises, a palavra “almas” tem o significado de “vidas”. Ou seja, o maior interesse desse projeto são as vidas das pessoas, os seres humanos.

4) A vida espiritual e a corpórea são complementares, pois as duas formam a pessoa humana. Logo, não se deve priorizar apenas uma delas. Em sua prática educativa, Dom Bosco ensinava a rezar e a trabalhar. Seus alunos deveriam estudar para ter um emprego e ganhar a vida. Queria que seus jovens fossem, além de bons cristãos, honestos cidadãos na sociedade.

5) A proposta espiritual de Dom Bosco deve ser semelhante a uma escalada. Da mesma forma que um alpinista encontra dificuldades para escalar uma montanha, por causa do caminho intransitável e do cansaço até atingir o pico, assim deve ser sentida a escalada espiritual daquele que quer seguir Dom Bosco. É importante ver que há obstáculos, que o pico está distante, e quase impossível de ser alcançado, mas que quanto mais alto se consegue subir, maiores serão os horizontes e a felicidade do alpinista. Ao atingir o ponto mais alto, percebe-se que aquilo que parecia impossível torna-se realidade.

6) O evangelho convida todos os cristãos para serem santos. Em geral, os santos da Igreja são adultos, mas Dom Bosco, em seu tempo, tomou a iniciativa de ofertar essa proposta aos seus jovens alunos. Um deles foi São Domingos Sávio, um jovem santo de 15 anos.

7) Outra proposta de Dom Bosco que também está presente no evangelho é a união entre oração e a contemplação com a ação. Não há salvação apenas por meio da oração ou do trabalho. 

8) “É morrendo, sacrificando-se pelos outros que se vive” é a proposta oferecida aos cristãos. É preciso ser pão para o homem assim como Cristo também o foi. A espiritualidade salesiana é eucarística, por isso pede para que imitemos a Cristo em seu sacrifício pela humanidade. Que cada um seja alimento para os homens. A proposta de morrer, de cansar-se por Deus e pelos irmãos é oferecida a cada cristão que recebe na missa o corpo de Cristo, a hóstia como alimento. Derramar o próprio sangue sacrificar-se pelos outros é o segredo do ser cristão missionário. 

9) A espiritualidade de vida de Dom Bosco foi impregnada da presença materna de Maria. Ela esteve presente na vida do sacerdote desde o momento em que, aos nove anos, teve o sonho no qual uma senhora amável, de aspecto majestoso, vestida com um manto resplandecente, colocava a mão sobre a sua cabeça. A partir daquele encontro, Maria foi à mestra que o orientou ao longo de toda a vida. 

10) A espiritualidade salesiana é profundamente missionária ou apostólica. Dom Bosco incentivava seus jovens a serem apóstolos, a preocuparem-se com os outros, a amarem e cuidarem dos colegas, incentivando-os a praticar o bem e a ter atitude. “Deus nos colocou no mundo para os outros”, dizia sempre o santo. 

O Amor no centro da proposta de Dom Bosco

Dom Bosco como bom pastor, foi um homem preocupado com a ovelha perdida. Cuidava das suas ovelhas e as defendia para que nada de mal lhes acontecesse. Baseando nessa preocupação, implantou no seu sistema de educação o carinho e o afeto como elementos centrais. Sobre esse aspecto, disse certa vez o santo: “O jovem não só deve ser amado, mas deve perceber o carinho com que é tratado”. Assim, faz parte da missão do educador salesiano ser amigo do jovem e tratá-lo como um filho. As relações entre eles devem ser carregadas de um espírito de família, no qual o educador deve agir com forte iniciativa, fazendo tudo com os olhos voltados para Jesus. Deverá, desse modo, proporcionar uma união entre trabalho e oração, amor a Deus e ao próximo.

Portanto, para que se realizasse a missão de Dom Bosco – o chamado que recebeu aos nove anos para transformar lobos em cordeiros -, foi necessário que ele assumisse o desafio de transformar a violência em doçura e a intolerância em paciência. Foi também um convite cuja finalidade foi transformar sua natureza impulsiva em bondade e mansidão.

A ordem recebida no sonho ainda se faz presente: “Não com pancadas, mas com a doçura e o carinho você vai transformar estes lobos em carneirinhos”. É a vitória do coração, a vitória da bondade e da doçura.

O amor a Deus, à missão fez que homens como São Paulo criassem diferentes caminhos para levar o evangelho ás mais diversos partes do mundo. Por exemplo, o judeu Paulo de Tarso penetrou na cultura grega, fez-se grego como gregos, judeu como os judeus para apresentar o Evangelho a esses povos.

Dom Bosco também precisou usar da criatividade para alcançar o seu objetivo.

Corpo Incorrupto de S.J. Bosco

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Vida e Conversão de São Paulo Apóstolo

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Paulo nasceu entre o ano 5 e 10 da era cristã, em Tarso, capital da Cilícia,
na Ásia Menor, cidade aberta às influências culturais e às trocas comerciais entre o Oriente e o Ocidente. Descende de uma família de judeus da diáspora, pertencente à tribo de Benjamim, que observava rigorosamente a religião dos seus pais, sem recusar os contactos com a vida e a cultura do Império Romano.

Os pais deram-lhe o nome de Saul (nome do primeiro rei dos judeus) e o apelido Paulo. O nome Saul passou para Saulo porque assim era este nome em grego. Mais tarde, a partir da sua primeira viagem missionária no mundo greco-romano, Paulo usa exclusivamente o sobrenome latino Paulus.

Recebeu a sua primeira educação religiosa em Tarso tendo por base o Pentateuco e a lei de Moisés. A partir do ano 25 d.C. vai para Jerusalém onde frequenta as aulas de Gamaliel, mestre de grande prestígio, aprofundando com ele o conhecimento do Pentateuco escrito e oral.

Aprende a falar e a escrever aramaico, hebraico, grego e latim. Pode falar publicamente em grego ao tribuno romano, em hebraico à multidão em Jerusalém (Act 21,37.40) e catequizar hebreus, gregos e romanos.

Quando jovem, assistiu ao martírio do diácono Estêvão, o primeiro mártir da Igreja. (Act 8,1).

Paulo, hebreu convicto, perseguia os cristãos porque os considerava como hereges, como uma seita contrária à verdadeira fé, que ameaçava a autoridade religiosa do judaísmo.

No ano 35, quando Saulo tinha cerca de 30 anos, na sua luta contra os cristãos chefia um grupo que vai galopando para Damasco, com autorização dos sumos sacerdotes, para eliminar um grupo de cristãos e levar os seus chefes algemados para Jerusalém.

Paulo diz que no caminho, já próximo de Damasco, se viu subitamente envolvido por uma intensa luz vinda do Céu. Vinha uma voz da luz que dizia: “Saulo, Saulo, porque Me persegues?”. Saulo perguntou: “Quem és Tu, Senhor?” A voz respondeu: “Eu sou Jesus a quem tu persegues. Agora levanta-te, entra na cidade e e aí te dirão o que deves fazer” (Act 9,1-7). Perseguindo os Cristãos, Paulo perseguia a Cristo que é a Cabeça da Igreja.

Após o diálogo com Cristo, Paulo, de perseguidor dos cristãos torna-se um homem novo, o mais ardente missionário do Evangelho, que irá dedicar o resto da sua vida a Cristo, numa contínua identificação com Ele ao ponto de poder dizer: “Para mim viver é Cristo” (Fl 1-21); “Já não sou eu que vivo, pois é Cristo que vive em mim”. (Gl 2,20)

Paulo é chamado “o Apóstolo” por ter sido o maior anunciador do cristianismo depois de Cristo. Entre as grandes figuras do cristianismo nascente, a seguir a Cristo, Paulo é de facto a personalidade mais importante que conhecemos. É uma das pessoas mais interessantes e modernas de toda a literatura grega, e a sua Carta aos Coríntios é das obras mais significativas da humanidade.

Escreveu 13 cartas às igrejas por ele fundadas: cartas grandes: duas aos tessalonicenses; duas aos coríntios; aos gálatas; aos romanos. Da prisão: aos filipenses; bilhete a Filémon; aos colossenses; aos efésios. Pastorais: duas a Timóteo e uma a Tito.

Quando estava preso em Cesareia, Paulo apela para César e o governador Festo envia-o para Roma, aonde chegou na Primavera do ano 61. Viveu dois anos em Roma em prisão domiciliária. Sofreu o martírio no ano 67, no final do reinado de Nero, na Via Ostiense, a 5 quilómetros dos muros de Roma.

A cidade de São Paulo foi fundada em 1554 pelos jesuítas Manuel da Nobrega e José de Anchieta no dia 25 de Janeiro, dia da conversão de São Paulo. Por este motivo, São Paulo passou a ser o padroeiro da localidade.

Ao longo a História perdeu o seu patronato para Santana. Mas em 2008 (início do ano Paulino) retornou ao lugar de honra e foi nomeado o padroeiro da cidade. Em 2009, quando se comemorou os 2000 anos de seu nascimento, a Arquidiocese de São Paulo fez, com o apoio do Governo do Estado, uma grande homenagem que realizada na Sala São Paulo. Foi um momento rico para lembrar dessa grande personagem da História da humanidade.

Ainda em 2009, foi inaugurada uma explendida estátua do Apóstolo dos gentios na Praça da Sé, e lançado pelo selo da Imprensa Oficial de São Paulo, o livro “São Paulo: O Apóstolo e a Cidade”


         

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Se vos converterdes, Cristo brilhará em vós.

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Que a paz e a graça de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja com cada um de nós.

Irmãos (as), eu gostaria de tratar neste dia de um tema muito importante para cada um de nós cristãos. A conversão é um processo que cada pessoa passa na vida, e, em geral, em vários momentos da vida. A palavra conversão significa mudança ou transformação, quando dizemos que uma pessoa converteu suas idéias ou suas opiniões, queremos dizer que ela mudou de opinião ou de pensamento sobre determinado assunto.

Na maioria dos casos a conversão se dá mediante o encontro com uma nova realidade, sendo esta realidade, maior que a antiga. A partir desse encontro pode haver dentro de cada pessoa uma adesão a essa nova idéia, pensamento ou mesmo uma forma de vida.

Com os cristãos não é diferente, pois, em diversas situações, passamos pelo processo de conversão. A maior manifestação de conversão na nossa vida é quando temos um encontro pessoal com Jesus Cristo. A partir desse encontro algo começa a mudar dentro de nós, e, essa mudança vai, à medida que continuamos a caminhar, nos apresentando o que não combina mais em nossa vida com a realidade que Cristo nos propõe a viver.

Quando vivemos a realidade que o mundo nos oferece, e mundo aqui se refere a tudo que esteja fora do contexto cristão vivido na Igreja, nós podemos encontrar alegria, felicidade ou satisfação? Sim, podemos encontrar, mas não são realidades que permanecem. A alegria, a felicidade ou a satisfação do mundo são passageiras, ou seja, desaparecem rapidamente. É semelhante a uma pessoa que se envolve com drogas, no começo a pessoa começa com uma dose pequena, mas, à medida que aquela dose não faz mais efeito, ela passa a aumentar a dose em busca da sensação de prazer. O prazer de servir a Cristo é permanente, assim com a alegria, felicidade ou satisfação.

Quando encontramos verdadeiramente com Jesus Cristo nossa vida vai se transformando aos poucos. A primeira mudança que podemos observar é o nosso falar. Tudo que falamos tem relação com Jesus, com a Igreja, começamos a falar principalmente para as outras pessoas que elas precisam conhecer Jesus Cristo como nós conhecemos. Tudo na nossa vida passa a ser transformado, as músicas que escutamos, as roupas que vestimos, o que assistimos na televisão. Nossas amizades também mudam, pois descobrimos que as antigas não querem se adequar a Cristo então, encontramos novos amigos que querem viver da forma que vivemos.

As dificuldades dessa vida surgirão? Sim, pois tudo o que é novo causa discussões e divide as opiniões. Que as tribulações que surgirem não se transformem em desculpas para voltar a vida velha, pois o próprio Jesus disse aos Apóstolos que eles teriam aflições no mundo, mas não deveriam desanimar pois Cristo venceu o mundo.

O mundo aguarda ansiosamente a manifestação dos filhos da luz, que neste dia então, você possa deixar Cristo assumir o controle da sua vida e do seu coração, entregue tudo para Ele e não se preocupe com que irão pensar ou falar, só Jesus vale à pena.

Que o nosso coração possa se deixar converter nesta hora, e, uma vez convertido, converta outros também.

Que a graça do Espírito Santo possa te envolver e te proteger na caminhada em todos os momentos.
São Paulo, rogai por nós.


Rafael Moreira
Comunidade Apóstolos

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Papa Bento XVI nazista e genocida ? NÃO!!!

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Me lembrei de uma canção que diz: “O futuro não é mais como era antigamente”. Pois é, não se fazem mais políticos como antes!

Antigamente até uma acusação absurda era melhor organizada. Bom, isso gasta tempo e acho que o deputado também não está muito interessado em fazer uma ofensa ao Papa de forma intelectual, não é característica dele.

Parece que o deputado Jean Wyllys ficou meio “fora da casinha” de tanta raiva do Papa que se pronunciou, como sempre fez, sem medo de dizer a verdade.

Prezado deputado a Igreja não é democracia nem se orienta por IBOPE, não se move por pesquisas, tão pouco toma suas decisões visando aprovação popular, já devia saber disso.

Sobraram poucas pessoas dispostas a sofrer as consequências por defender a verdade e o Papa é uma delas, é melhor ir se acostumando deputado.

Na verdade não me surpreendi com a postura dele, talvez por ele ser um antigo conhecido por tentar calar a opinião contrária a dele, por querer que o grupo dele seja o único grupo incriticável na sociedade, o que me surpreende é o baixo nível de argumento, por se tratar de um deputado federal esperava, talvez, uma acusação um pouco mais sóbria. Mas não vou ficar traumatizado, eu supero.

Agora, convenhamos, uma criança no maternal saberia distinguir o ataque de esteria do deputado de uma legítica acusação fundamentada.

Não vou perder tempo escrevendo que o Papa não é genocida e nem nazista e nem defende a pedofilia, não vou pagar esse “mico”.

Algumas coisas não precisam de defesa, um pouco de bom senso é mais que suficiente.


Fonte: Blog/Tiba

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Socorro! Queremos um Filho!

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-Por favor, socorra-me! Há algo estranho acontecendo comigo e com meu marido: queremos um filho! Sei que não é nada comum alguém querer um filho hoje em dia, por isso estou pedindo socorro. Ocorre que queremos um filho. Queremos dar a vida, dar à luz, pôr no mundo, como você quiser chamar, mas queremos um filho.

O mais espantoso é que queremos um filho não para nós mesmos, nem para nossa realização nem para nos sentirmos bem ou curtirmos a experiência de sermos pais. Queremos um filho por ele mesmo! Não é incrível?!? Não o queremos para ter uma experiência gratificante. Queremos um filho como uma pessoa única, por quem ele é, seja ele como for.

Não me entendo, devo estar ficando maluca, mas queremos um filho seja ele feio ou bonito, inteligente ou burro, alto ou baixo, verde, azul, marrom, branco, vermelho, amarelo, não importa. Queremos por ele mesmo, não por nós, entende? Isso me deixa preocupada. Sou diferente de todas. Acho que influenciei meu marido. Por favor, ajude-me!

A coisa é tão grave, que queremos um filho mesmo que seja anencéfalo, mesmo que seja fruto de um estupro, mesmo que seja Down, mesmo que não ouça, não veja, não ande, não fale... Sim, sei que é grave, mas queremos um filho por ele mesmo!!!

Do mais profundo de nós mesmos, sobe um grito: queremos um filho para amá-lo, para nos entregarmos a ele, para servi-lo em sua dependência e fragilidade, em sua vulnerabilidade inicial. Queremos, em Deus, dar a vida para que ele tenha vida, você entende? Sei que é insano, mas queremos seguir seu crescimento, seu desenvolvimento vida afora, queremos gerá-lo para Deus e para a humanidade, ainda que isso nos custe a saúde, a beleza, a vida. Estranho, mas queremos um filho não por nós, mas por ele mesmo, não para nosso prazer, mas para que ele seja quem Deus quer que ele seja e queremos colaborar para isso com todas as nossas forças, em meio a alegrias e dores.

Está vendo como é grave? A imagem de Deus segundo a qual fomos criados nos empurra a fazer a oferta de nós mesmos a um filho, me empurra a ser mãe de um filho por ele mesmo. É mais forte do que eu! Ajude-me, o que faço?

Não sei explicar direito, mas é como se a fecundidade que Deus pôs em nós fosse mais que biológica, semelhante à dos animais. É como se fosse... deixe-me ver... ahn... uma participação do poder criador de Deus que é Pai e não somente continuador ... preservador de espécie, entende? Que horror! Estou tão doente que só de falar em ter filho para preservar a espécie, para continuar a família, me sinto mal! Ajude-me! Sou chamada a ser mãe como Deus é Pai e não como uma gata é mãe! É grave, já lhe disse! Não me negue sua ajuda!

Para agravar mais ainda meu caso, queremos um filho de nossas entranhas, gerado em um ato conjugal, um belo presente-surpresa de Deus que não só participa, mas governa nosso matrimônio! É, ainda tem essa: meu marido e eu casamos virgens. Sou casada sempre com o mesmo homem, e casada na Igreja, como se diz.

Por favor, não se espante demais! Tenho medo de que me abandone, de que desista de me ajudar, mas preciso ser verdadeira: minhas entranhas são raham, como dizem os hebreus. São entranhas para dar a vida... Não me olhe assim, por favor. Acho que errei quando mencionei os hebreus, mas é que eles são meus irmãos mais velhos... Perdão se tenho que mencionar João Paulo II, sei que lhe desagrado. Posso continuar?

Queremos um filho que não seja programado em um consultório médico. Queremos um filho home made, que não seja manipulado em laboratório. Não queremos escolher a cor de seus olhos, de sua pele, de seus cabelinhos. Não queremos programar ou aprimorar seu DNA, queremo-lo como Deus o quiser, queremos estender as mãos para o céu e recebê-lo como um presente de Deus colocado por meu marido em minhas entranhas. As entranhas raham têm de participar, entende?

Perdoe-me. Sei que não estou sendo moderna, nem emancipada, nem dona do meu próprio filho, como se faz hoje em dia. Sei que estou fora da mentalidade e fora da lei. É exatamente por isso que peço ajuda. Estou diferente demais dos outros. Devo estar doente.

Não tomo anticoncepcionais, não uso DIU, não aplico compressas hormonais, não fico como histérica preocupada a contar dias para lá e para cá, meu marido não usa preservativos. Sei que é extraordinário, mas queremos um filho que venha como fruto de sabermos que nossa fecundidade humana é apenas parcial e que a verdadeira fecundidade vem de Deus e não queremos inverter isso. Deus vem primeiro com relação ao meu filho. Eu até já digo a Ele que é o nosso filho. Não é de preocupar? Queremos um filho que não nasça da vontade da carne, que controla tudo, que pretende ter nas mãos as rédeas da criação. Queremos um filho que nasça do Espírito e no Espírito seja educado para Deus.

Será que estou com aquela doença de quem tem mania de ser Deus? Porque, na verdade, queremos um filho por ele mesmo porque, como disse João Paulo II ... ops, desculpe! Mencionei outra vez... Bem, como ele disse, Deus nos quis por nós mesmos, únicos aos seus olhos, dons Dele dados ao mundo pela mediação das leis biológicas e desejo dos nossos pais. Como é mesmo o nome desta enfermidade na qual a pessoa pensa que é Deus ou um santo qualquer? Será que é ela que nos aflige, que nos faz tão diferentes das outras pessoas?

Ocorre que queremos entrar na alegria e experimentar o riso de Sara, participando da alegria de Deus ao acolher um filho por ele mesmo, sabendo que todas as criaturas de Deus são boas, como diz Timóteo. Queremos um filho para viver com ele a experiência da fecundidade que transcende a fecundidade biológica. Queremos um filho para nos darmos a ele e para recebê-lo gratuitamente e, juntos a ele, ordenarmos nossa vida para o amor.

Queremos um filho para criá-lo juntos, na mesma casa, sob o mesmo teto, sob as mesmas alegrias e dores, com um monte de outros irmãos. (É isso mesmo, esqueci de mencionar que, para tornar meu estado ainda pior, queremos muitos, muitos filhos). Não queremos uma “produção independente” ou um fruto de “gravidez assistida”. Não o queremos para entregar para que outros criem. Queremos criá-lo! Queremos vê-lo tornar-se santo e dar a nossa vida para que isso realmente aconteça! Oh meu Deus, devo estar maluca!

Você vê a que ponto cheguei? Vê a que ponto me tornei esdrúxula com relação às outras mulheres? Vê o perigo que corro de não ser aceita, de não ser compreendida, de não ser considerada normal?

Você percebe a que ponto influenciei o meu marido a pensar como eu? Percebe como sou um perigo para a sociedade, para o progresso da ciência e para a saúde financeira dos laboratórios, clínicas de fertilização e hospitais? Vê como sou uma ameaça à eugenia disfarçada que estamos a praticar? Vê como sou perigosa para algumas idéias nazistas que se vêm espalhando sorrateiramente? Percebe como me tornei fora da lei do nosso país que, na prática, permite o aborto sob vários disfarces? Entende como sou um perigo para a modernidade relativista, hedonista, individualista? Então, você tem ou não como ajudar-me a não ser tão perigosa?

Você me acusa de irônica, de desrespeitosa, de insolente... seu olhar enche-se de ódio... Ei! ... O que está fazendo? Por que esta seringa? Por que este vidro de veneno? ... Vai injetá-lo em mim!... É a solução que encontrou?!? Sim, entendo. É preciso matar-me para eu não atrapalhar, não ameaçar, não estragar tudo planejado e gotejado nas consciências há tantas décadas. Sei que não tenho como correr daqui. As portas estão fechadas. Não há janelas. Só você, grande e forte, com a seringa mortífera na mão, nesta sala minúscula.

Você me segura com muita força. Estou imóvel. Sei que você vai me matar. Esta é a solução encontrada: matar. Matar sempre, matar de várias formas, matar sob vários disfarces. Sei que vai me matar. Deus perdoe. Mas, preciso dizer-lhe, esta doença que trago é tão perigosa, é tão poderosa que, quando se mata um portador, ela se espalha, misteriosamente, em milhares de outros. É o vírus que inocula os que se sabem amados por Deus. É bom você catalogá-lo e especificar sua ação antes de acabar comigo, pois não há como constatar sua presença através de exames. Guarde bem o nome em sua memória e digite-o assim que meu corpo cair sem o que você chama de vida. É o perigoso vírus do martírio.

Maria Emmir Oquendo Nogueira 
Comunidade Shalom

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