Dom Alberto Taveira |
Na Carta Apostólica "Novo Millenio Ineunte", João Paulo II salientou alguns pontos, que julguei oportuno recordar:
2.1. "Cristãos com coluna vertebral": O Papa nos propõe como grande legado do Grande Jubileu a contemplação do rosto de Cristo, considerando-o nos seus traços históricos e no seu mistério, acolhendo-o com a sua multiforme presença na Igreja e no mundo, confessando-o como sentido da história e luz do nosso caminho. Já chegaram os tempos em que o cristão, ou se torna de verdade contemplativo ou simplesmente não será mais reconhecido. É tempo de cristãos com "coluna vertebral". E as Novas Comunidades são um espaço privilegiado para amadurecer na Igreja a santidade, "até que todos tenhamos chegado à unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, até atingirmos o estado de homem feito, a estatura da maturidade de Cristo" (Efésios 4,13).
2.2. Novas Comunidades, novos caminhos: "Agora, devemos olhar para frente, temos de "avançar para águas mais profundas", confiados na palavra de Cristo: Duc in a/tum! O que realizamos não pode justificar uma sensação de saciedade nem induzir-nos a uma atitude de relaxamento. Pelo contrário, as experiências vividas devem suscitar em nós um dinamismo novo, que nos leve a investir em iniciativas concretas aquele entusiasmo que sentimos. O próprio Jesus nos adverte: "Aquele que põe a mão no arado e olha para trás, não é apto para o Reino de Deus. Na causa do Reino, não há tempo para olhar para trás, menos ainda para dar-se à preguiça”. A diversidade dos Carismas das novas Comunidades pode ser para eles mesmas e para a Igreja e o mundo a resposta de Deus que não permite acomodamento. Não há tempo a perder! Não tenham medo de se lançarem na maravilhosa aventura da evangelização, segundo os carismas que o mesmo Espírito suscitou.
2.3. Contemplativos: “Mas é muito importante que tudo o que com a ajuda de Deus nos propusermos, esteja profundamente radicado na contemplação e na oração. O nosso tempo é vivido em contínuo movimento que muitas vezes chega à agitação, caindo-se facilmente no risco de "fazer por fazer". Há que resistir a esta tentação, procurando o "ser" acima do "fazer". A tal propósito, recordemos a censura de Jesus a Marta: "Marta, Marta, andas muito inquieta e te preocupas com muitas coisas; no entanto, uma só coisa é necessária; Maria escolheu a boa parte, que lhe não será tirada (lc 10, 41-42)". O tempo da Igreja em que nos encontramos exige, de fato, homens e mulheres de altíssimo espírito de oração.
É tempo de conquistar o mundo de joelhos!
Dom Alberto Taveira Corrêa,
Dom Alberto Taveira Corrêa,
Arcebispo Metropolitano de Palmas
Fonte: Comunidade Shalom
Fonte: Comunidade Shalom
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