“Assim como se embaraça o ladrão ao ser pego em flagrante, assim também serão confundidos os homens da casa de Israel, eles, seus reis e seus chefes, seus sacerdotes e profetas. que dizem à madeira: Tu és meu pai, e à pedra: Foste tu que me geraste. Voltam-me as costas, e não o semblante. E depois exclamam, no dia da calamidade: Salvai-nos, Senhor. Onde estão os deuses que havias feito? Que se levantem, se podem salvar-te no dia da desgraça. Pois que tens tantos deuses quantas cidades, ó Judá”(Jeremias 2, 26-28)
Em nossa realidade atual, nós confiamos tanto em nós, naquilo que fazemos, que quando é preciso escutar a Deus, o que Deus quer, já não sabemos mais reconhecê-lo.
Confiamos tanto em nosso próprio eu, que desviamos nosso olhar, desviamos nosso foco de Deus para as coisas que nos convém.
Elevamos nosso olhar para as pessoas, colocamos nossa confiança nas pessoas, quando devemos confiar no Senhor. Elegemos, como nos deixa claro a palavra os nossos próprios deuses, e deixamos de acreditar que Jesus é o Senhor da nossa vida.
Colocamos as situações, os problemas, na frente de tudo, inclusive de Deus, usamos de nossas próprias forças para fazer o possível e o impossível para tentarmos resolver os problemas da nossa maneira e quando passamos paramos para pensar, vemos que já não rezamos mais, e o caminho parece cada vez mais longo.
O catecismo da igreja católica nos diz no Capítulo 1 no artigo 49, “ Sem o criador, a criatura se esvai”.
A nossa fé se torna mesquinha e contraditória, pois enquanto estamos bem, enquanto estamos vivendo na graça, levantamos nossos braços, abrimos nossa boca e proclamamos que o nosso Deus é o Deus do impossível, o Deus que realiza grandes obras, mas bastou a primeira desgraça, para que o Deus do impossível, o Deus que realizava grandes obras se torne o Deus que nos abandonou, que se esqueceu de nós.
E ai acontece o que o Senhor nos disse na palavra “Voltamos as costas”.
Voltamos as costas para o Senhor e nos afastamos da fonte que jorra água viva.
Nos versículos anteriores o Senhor nos diz: “Abandonou-me, a mim, fonte de água viva, para cavar cisternas, cisternas fendidas que não retém água.”
E é exatamente o que fazemos, abandonamos o Senhor, e vamos cavar esses poços, onde não vamos encontrar nada, e fazemos desses poços, como nos diz a palavra o nosso novo deus!
Vamos alimentando aquilo, buscando nossas alegrias, nossa felicidade nas fontes secas que o inimigo coloca em nosso caminho. Em um primeiro momento, vamos nos sentir bem, pois ainda estamos cheios do Espírito Santo, mas da mesma forma que a fonte precisa de água para abastecê-la se não ela seca, assim somos nós, precisamos do Espírito Santo para nos preencher, pra nos dar vida nova.
O pecado faz isso conosco, nos prende, afunda, tira de nós a santidade que temos batalhado dia a dia para conquistarmos.
E mais uma vez citando o catecismo da igreja, logo no seu início, ele nos diz: “Deus nosso salvador quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade”. E logo em seguida completa: “Não há, debaixo do céu, outro nome dado aos homens pelo qual devemos ser salvos afora o nome de Jesus.”
Portanto amados, o Senhor nos disse que Ele quer que conheçamos a verdade. E ainda nos diz: Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.
A verdade que está acima do pecado que tenta nos afundar. A verdade que abre os nossos olhos físicos e também os nossos olhos espirituais. E ao reconhecer onde estamos pisando clamamos ao Senhor para que Ele nos ajude, para que Ele nos salve. E o Senhor é duro conosco, mais não porque quer o nosso mal, mais sim, porque nos ama e quem ama corrige, e faz nos ver onde estávamos construindo a nossa fé, que não era o ideal. A palavra vem nos exortar: “ Onde estão os deuses que havias feito? Que se levantem, se podem salvar-te no dia da desgraça.” Portanto, comecemos desde já, a olhar pra dentro do nosso coração e ver quais são os deuses que estamos fazendo nos dias de hoje, televisão, pessoas, computador, internet?
Não são esses deuses que virão ao teu auxílio no dia da aflição, mais sim aquele que deu a vida por você.
Muitas vezes será na hora da calamidade, hora do aperto, que vamos dizer Senhor salvai-nos. E Jesus com toda a sua misericórdia nos ajuda, nos salva, nos purifica. Tomamos portanto as armaduras que o Senhor nos dá, e assumamos a verdade que é Cristo.
O primeiro passo, é viver segundo os ideais de Cristo. Como dizia Inácio de Antioquia, “Coisa alguma, visível ou invisível o impediria de encontrar a Jesus. E que maravilhoso pra ele, era morrer por Jesus Cristo.” Que nós também possamos ter em nosso coração, esse ideal, não deixar que nada nos impeça de encontrar a Jesus, e de morrer por Ele.
O segundo passo, é ser todo de Deus, ainda citando Inácio de Antioquia, ele dizia “Sou trigo de Deus, e sou moído pelos dentes das feras, para encontrar-me como pão puro de Cristo.” Dar-se por inteiro pra Jesus.
E o terceiro passo, proclamar as maravilhas que Jesus fez e faz em nossas vidas, sempre rezando, e dizendo assim como em João 6 “A quem iremos Senhor? Só tu tens palavras de vida eterna”
Seguindo isso, com certeza, proclamar que Jesus é o Senhor da nossa vida, será mais fácil, e temos que viver com a certeza de que Jesus é o único mestre, que nos ensina, que nos ilumina e que nos guia. E deixar Deus agir através de nós, para que sejamos luzes cada vez mais brilhantes, e entender que não somos nós que brilhamos, mais sim, o Espírito Santo de Deus em nós. Ele é o Senhor, e nós somos teus servos! Repita: Eu quero ser, aquilo que meu mestre quer de mim, pois Ele é o meu Senhor!
Que Deus nos abençoe!
André Souza
Comunidade Apóstolos
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